PIB do Brasil cresce 0,4% no 1º trimestre e recuperação da economia segue em ritmo lento
EcomomiaO Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 1º trimestre de 2018, na 5ª alta seguida na comparação com os três meses anteriores, divulgou nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB no período foi de R$ 1,6 trilhão.
Apesar da retomada ainda frágil, os resultados vieram melhores do que o esperado por parte do mercado. Os analistas projetavam uma alta do PIB entre 0,1% e 0,5% e algumas estimativas apontavam para retração na atividade da indústria e n setor de serviços.
Do lado da demanda, o consumo das famílias manteve a trajetória de recuperação com alta de 0,5%, acima do esperado pelas projeções, e os investimentos subiram 0,6%. Somente o consumo do governo mostrou retração no período, de 0,4%, em meio ao forte ajuste fiscal diante das contas públicas no vermelho.
De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionisio, com resultado o 1º trimestre, o PIB permanece no patamar pré-crise e segue no mesmo nível observado no final do ano passado. "Se eu tiver que remeter a um patamar anterior, a gente estaria no primeiro semestre de 2011", disse.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, o PIB cresceu 1,2% nos primeiros três meses deste ano. Trata-se de uma desaceleração em relação ao quarto trimestre de 2017, que avançou 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No acumulado em 12 meses, no entanto, o PIB mantém a trajetória de recuperação. Nesta base de comparação, o crescimento foi de 1,3% no 1º trimestre, o segundo após uma sequência de 11 resultados negativos.
Quatro economistas ouvidos pelo G1 destacaram que o avanço do consumo das famílias, ainda que tímido, puxaram o PIB do trimestre, assim como a expansão do agronegócio, que impulsionou a economia no ano passado. Para eles, no entanto, a recuperação é tímida.
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, destacou o avanço do consumo das famílias. "É um resultado bom, mas é uma recuperação fraca e é prudente que seja assim, porque está alinhada com as atividades de emprego. O consumo vai continuar crescendo de forma moderada porque primeiro é preciso recuperar o emprego", disse.
A alta de 0,5% do consumo das famílias veio acima do esperado por parte dos analistas, contribuindo para o resultado do PIB no 1º trimestre. Segundo o IBGE, o resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, com inflação e taxas de juros menores.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que é o termômetro de investimentos, cresceu 0,6% no 1º trimestre, na 4º alta consecutiva. O avanço, entretanto, foi inferior ao registrado nos trimestres anteriores.
Já a taxa de investimento ficou 16% do PIB no 1º trimestre, acima dos 15,5% observados no 1º trimestre de 2017. Foi a primeira alta desde o primeiro trimestre de 2015, mas a segunda pior taxa da série histórica iniciada em 1996.
Reportagem completa em: https://g1.globo.com/economia/noticia/pib-do-brasil-cresce-04-no-1-trimestre.ghtml
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